RESUMO
DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS VISADOS
O objetivo pretendido é definir um intervalo restrito para as densidades de plantação a aconselhar nos novos pomares de "Maçã de Alcobaça" (ajustadas às condições edafo-climáticas da IGP) e caraterizar o tipo de poda a recomendar para estes pomares de forma uniformizar um modelo de produção na região da IGP.
Para se atingir este objetivo serão selecionados e estudados em detalhe pomares modernos em produção com diferentes densidades de plantação e constituídos ensaios demonstrativos de poda nos pomares das entidades envolvidas neste GO. Estes pomares serão alvo de estudos detalhados com recolha de dados fisiológicos e de radiação, que irão sustentar a caracterização dos parâmetros culturais envolvidos na definição das técnicas culturais (densidade e poda).
RESULTADOS ESPERADOS
Com a concretização dos objetivos pretende-se alcançar uma tipologia de pomar para a IGP "Maçã de Alcobaça" com densidade e tipo de poda definidas, de forma a atingir produtividades regulares de 50 ton/ha, níveis de coloração superiores a 70%, % de calibres acima de 70mm superior a 50% e Brix acima de 14, especificações que estarão na origem do novo produto "Premium".
No final, espera-se que os produtores possam adotar um modelo de pomar com uma densidade de plantação melhor ajustada à realidade edafo-climática da IGP, assim como a realização de podas racionais, ajustadas e equilibradas que permitam maximizar a qualidade final das maçãs.
O projeto OPTIMAL (Otimização da Maçã de Alcobaça), liderado pelo INIAV, IP. e que integrou os parceiros FCL, ISA, CAMPOTEC, FRUBAÇA, FRUTALVOR, COTHN, APMA, VALE DO BAÇA, SOATI e QUINTA DO BREJO, venceu o PRÉMIO I&D QUE MARCA, atribuído pela revista VIDA RURAL e entregue na edição da AGROIN 2023. Este projeto veio justificar com resultados científicos o porquê da transformação do modelo de pomar nacional, contribuindo para uniformizar os modelos de plantação e a tecnologia associada. Mostrou a necessidade de termos pomares com mais árvores, mas não mais intensivos. Pomares com árvores mais pequenas, copas mais estreitas e mais eficientes na captação, distribuição e uso da radiação solar disponível. Pomares onde todas as folhas, por estarem mais expostas, apresentam taxas fotossintéticas superiores. Pomares onde todos os frutos, por receberem mais luz, crescem melhor, desenvolvem mais cor, mais açucares e mais antioxidantes, criando valor ao produtor e reduzindo desperdícios. Pomares mais adaptados aos novos desafios da mecanização e da robótica. Pomares mais equilibrados, menos intensivos no uso dos recursos naturais, mais tecnológicos, mais ecológicos e mais sustentáveis. Este projeto permitiu ainda validar novos modelos de apoio à decisão, propor novos itinerários técnicos para implementação em fruticultura de precisão, desenvolver e validar tecnologias de apoio para monitorização remota do pomar e, ainda, impulsionar comportamentos associativos e benchmarking, capacitando os fruticultores nacionais para os novos desafios. Um contributo para a competitividade e para a transformação do pomar nacional.
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